quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Votos para 2010: que não nos traga motivos de tristeza

Numa troca de mensagens de boas festas e em retribuição, foi-me desejado um Ano Novo com alegria.
Fiquei a pensar em tais votos e achei que realmente faz sentido desejar que haja alegria na nossa vida.
Mas a alegria é já um condimento ao dispor de todos nós, para que possamos temperar a vida na dose que o desejarmos.
Por isso, apenas desejei que o Ano Novo de 2010 não me traga motivos de tristeza. Tudo o mais já será motivo de alegria.
De qualquer modo, o que torna uma vida com a dose necessária de satisfação, ou de alegria, é o passado, o presente e o futuro. Aquele que desejo sem motivos de tristeza.
Do passado, recordar bons momentos e de algum significado, podem ser também a satisfação do presente.
E numa vista de olhos pelo arquivo de imagens, saltou-me à vista a foto do momento em que acabo de colocar um cachecol com a frase "força Portugal", de apoio à nossa selecção, no bar "Susies Saloon", em Amsterdam. Espero que aquele cachecol ainda lá esteja e bem à vista o nome de Portugal.
A viagem, que havia de ser de avião acabou por ser de automóvel, mas a visita a uma feira de turismo foi um momento digno de ser recordado.
E como recordar é viver, com essa disposição me encaminho para 2010, desejando que todos tenham razões para também recordar e viver.
A bem do colectivo e do nosso futuro sem motivos de tristeza, reforço a frase: força Portugal !

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Serra da Gardunha - parque de figuras zoo e antropomórficas

A OUTRA VISÃO DA GARDUNHA
Em muitas circunstâncias da vida temos a tendência para “ver apenas aquilo que queremos ver”.
Se em igualdade de circunstâncias a visão raramente é comum a duas ou mais pessoas, quando o caso se refere a posições clubistas ou políticas, então dificilmente ela é convergente.
No caso das formações rochosas e em concreto no caso da Serra da Gardunha, é de facto necessária a predisposição para “ver” figuras que só determinado ângulo nos proporciona.
A experiência diz que, dois passos à frente, atrás ou ao lado, são o bastante para “deformar” a figura que, vista daquele tal ângulo e depois fixada em imagem, se torna tão evidente.
Mas que existe um verdadeiro parque de figuras zoo e antropomórficas na Serra da Gardunha, é uma realidade que aqui mostro para que outros sejam tomados pelo desejo de empreender o safari da sua descoberta.
Dei a cada uma o nome que me pareceu mais adequado.
O pássaro
O lente
A loba
O golfinho
O ET
O cavalo

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Caminheiros da Gardunha - a serra e a fraternidade os uniu

Viajando no tempo
Quando temos orgulho do que fazemos, é bom recordá-lo e saborear a felicidade que isso nos faz sentir. É o que acontece com a criação do grupo Caminheiros da Gardunha.
E a verdade é que ninguém me pode tirar o prazer de ter estado na sua origem.
A fraternidade foi adoptada como forma de estar e as imagens que aqui tenho deixado, bem o comprovam.
Recordá-las é trazer para a actualidade o que era e foi uma imagem de marca.
Mesmo o facto de não se desdenhar de um bom copo de vinho, só comprova que o gosto dos beirões nunca esteve em baixa e que os Caminheiros da Gardunha são disso um bom exemplo.
Mas a promoção da região foi e tem sido por eles feita de muitas formas, com destaque para as caminhadas e organização dos corsos de Carnaval.
Do vídeo que enviei para o Youtube e que aqui faço inserir, recordando a confraternização proporcionada por uma excursão a Santiago de Compostela, sobressai a noitada em Vila Nova de Cerveira, com destaque para a desgarrada em que dedico a cada um dos companheiros uma quadra, caracterizando de forma humorada a sua maneira de ser ou estar.
Vale a pena reviver esses momentos. E já aconteceram em 1994.

sábado, 14 de novembro de 2009

Do baú das recordações

Quem os viu e quem os vê !

Todos temos o nosso baú das recordações, seja em sentido figurado, seja em sentido real. O meu até existe na verdade, nele guardando todo o espólio documental e de imagem que vai ficando das viagens, para servir de suporte ao seu relato neste meu espaço.

Mas também por lá está o material que contém muitas das imagens de há umas décadas atrás, as da família e as outras, mesmo que em formatos que obrigam a tratamento de muita paciência, para as converter em digital e daí poderem ser editadas.

As que hoje aqui apresento, vieram dum pequeno filme em película no formato Super8 mm., ainda sem som, e têm cerca de 30 anos. Os locais: jardim da Praça do Município do Fundão e parque infantil das Donas.

As figuras principais dão pelo nome de Vera, David, Vasco e Ricardo e, naturalmente, agora já são bem grandinhos.

Mas reparem no vídeo: há quem mostre já muito jeito para o pedal... só que em baixa rotação. Hoje já não é assim.

sábado, 7 de novembro de 2009

A desembebedar é que custa !!!

Viajando no tempo
Em época de castanhas e jeropiga, ocorre-me recordar um episódio da que chamei como a minha primeira grande viagem, para cumprir a comissão de serviço militar em Angola, entre 1967 e 1969, com relato no Pad/1245
Foi então que experimentei o desagradávlel efeito da ressaca a uma bebedeira e, ainda hoje, parece que sou tomado por uma certa agonia, quando recordo os dias seguintes, até regressar ao bem-estar físico do antes da bebedeira. Custou bastante.
As circunstâncias são, normalmente, boas adutoras para se chegar a esse estado. No caso foi o baile de finalistas da Escola Industrial e Comercial de Salazar, em que os companheiros de mesa foram enchendo o meu copo com whisky, que eu ia bebendo sem me dar conta, até quase despejar a garrafa.
Em pouco mais de duas horas, quase ia ficando em coma.
E a traduzir a verdade da situação, o meu compadre Feneja tem esta lapidar frase: a desembebedar é que custa !!!
Mas para resolver o problema, aplica então outra frase: evita a ressaca... mantém-te bêbedo !!!
Será ...???

sábado, 24 de outubro de 2009

O folclore de Portugal na Holanda - 1995

Rancho Cova da Beira no festival OpRoakeldais-Warffum
O relato desta viagem foi feito aqui na devida oportunidade. Não o fiz acompanhar das imagens que hoje é possível inserir e que também faço circular no youtube, fazendo parte do "Canal aroxovaz".
No que ao folclore diz respeito, o Rancho Cova da Beira da Junta de Freguesia do Fundão soube representar condignamente o Fundão e Portugal, com exibições que entusismaram grandemente os espectadores, sendo-lhe concedido em dois espectáculos o privilégio de alargar a sua exibição, num figurino muito rigoroso de gestão do tempo, em que esta prerrogativa só era dada se os espectadores estivessem de tal forma entusiasmados com a actuação, que os organizadores achassem que a mesma podia prosseguir para além do período inicialmente programado para cada grupo.
Esses momentos aconteceram muito pela ajuda do grupo de bombos, que conseguia levar os espectadores ao delírio.
Foi de facto uma experiência fantástica, numa altura em que o Rancho Cova da Beira se apresentava como um grupo muito coeso, homogéneo e com uma grande qualidade exibicional.
Pelas relações de amizade que ainda hoje subsistem com a família que na altura me acolheu e com quem tenho contactos regulares, posso dizer que o Rancho Cova da Beira deixou saudades na Holanda.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Eu sou feliz !

Tal como eu o faço, para se poder fazer tal afirmação, depende do nível em que cada um coloca a fasquia do que entende como felicidade.
No meu perfil digo que: "Ser rico... é ter a família que eu tenho. Felizmente que há muitos outros tão ricos como eu sou".
É, pois, uma tradução de riqueza em que o factor de valorização não é apenas o dinheiro, já que para alguns só este faz a felicidade.
Mas ao falar de dinheiro e de felicidade, é claro que o dinheiro se torna indispensável para alcançar metas que contam para se chegar à felicidade. Só que devemos inseri-lo num contexto bastante alargado, de modo a que dele nunca fiquemos prisioneiros para alcançar as tais metas.
Outro entendimento que tenho, é o de que o dinheiro nunca deve ser maltratado. Se não, foge de nós.
E tratá-lo bem, é saber geri-lo de forma equilibrada e razoável, ou seja, que o gasto nunca supere o que é possível arrecadar.
Mas eu digo em título: sou feliz ! E é verdade.
Porque o ser ou não feliz e para além do nível da fasquia, depende também da ideia que cada um tem sobre a felicidade. E aí, tudo é relativo, dependendo da exigência a que a submetemos.
Um pequeno exemplo: para fazer feliz um menino pobre e sem brinquedos, basta dar-lhe um brinquedo que o menino rico já não queira, talvez porque já exigiu outro !
Novo exemplo, mas ao invés, conheço gente muito rica que, na minha perspectiva, não sabe utilizar o dinheiro a bem da sua própria felicidade. Apenas se pretende afirmar como rico, mas é pobre na forma como o usa para ser feliz.
Mas explicando a minha afirmação, posso dizer que alcancei na vida todos os objectivos que a tornam feliz. E talvez por não ser muito exigente quanto ao número, mas muito obstinado quanto aos objectivos, é que afirmo que todos foram alcançados.
Assim, criei para mim uma tabela de valorização das facetas que entendo essenciais para uma pessoa chegar a um primeiro patamar que o conduza ao bem estar e daí à felicidade. São elas:
- Família e harmonia no seu seio
- Profissão e actividades derivadas
- Contributo para com a sociedade
- Relação de amizade com os outros
- Bem estar com a sua consciência
- Otimismo e vontade de viver
Hoje sinto que me encontro num patamar bastante elevado em relação a todas elas, mas admito que este quadro possa não ser tão simples de completar para toda a gente, nos tempos que correm, mas se não todos, pelo menos o último nunca deve ser abandonado, pois facilita os demais.
Ora este meu blogue trata em grande parte de viagens, e até já disse aqui como é possível concretizá-las.
Tive a oportunidade de realizar muitos dos meus sonhos nesse campo, mas há um que surge, quase poderia dizer, de forma milagrosa - a visita a Toronto e Cataratas do Niagara. Já aqui disse como foi.
Também já aqui relatei que sofri um AVC. Apesar do que passei, hoje digo também que, de forma quase milagrosa, ultrapassei aquele pesadelo e tal experiência apenas tem contribuido para o aumento do otimismo e vontade de viver.
E sem acrescentar mais o quer que seja para justificar a minha afirmação, que espero nunca ter de modificar, só desejo que outros tenham a possibilidade de, como eu, dizer: sou feliz !

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rupert and the frog song-Paul McCartney

Viajando no tempo

Sem música a vida não teria o mesmo encanto. Esta é a conclusão a que cheguei, há muito, fazendo assim para mim todo o sentido aquele ditado popular: "quem canta seu mal espanta" ou aquele outro ainda "a música tende sempre a idealizar os sentimentos".

Já veterano tornei-me seu intérprete, como tenor do Coro Intermezzo, da Santa Casa da Misericórdia do Fundão e posso dizer que isso me faz muito feliz.

Mas usufruir desses sons maravilhosos é, no meu ponto de vista, um privilégio para todos os que não sejam muito duros de ouvido.

Quando os Beatles apareceram com a sua música fui comprando todos os discos, desde singles até LP.

A dado momento tive de parar de comprar e enveredei pela gravação nos velhos gravadores de fita. Quando surgiram os gravadores de imagem, foi no sistema Beta que gravei as imagens do Rupert and the frog song - "We all stand together", de Paul McCartney.

Por acidente, tais imagens desapareceram. E desde há alguns anos que procurava tê-las de novo.

Encontrei-as agora no You Tube em duas versões da mesma história de banda desenhada. Imagens encantadoras, com a não menos encantadora música, que não resisto a deixá-las aqui neste meu espaço.

Elas fazem-me viajar no tempo e com isso sentir-me rejuvenescido.

Mas dessa mesma altura temos outra música dos Beatles, também inesquecível para mim - Hey Judy.

Recordá-la aqui é dar largas à imaginação e voar no sentido contrário ao andamento dos ponteiros do relógio e tornar sublime a recordação de momentos que, embora afastados no tempo, estão tão presentes na memória, a justificar plenamente o ditado: recordar é viver.

Mas pela voz deste mini-intérprete é o MÁXIMO !!!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Holanda - visita a um moinho tradicional

Viajando no tempo


Em 1995 acompanhei o Rancho Folclórico Cova da Beira ao festival de folclore de Warffum, no norte da Holanda. O relato dessa viagem já o fiz aqui - clic para ver.
Ficámos alojados em casas de famílias numa pequena povoação chamada Middelstum e nessa altura proporcionaram-nos diversas visitas, uma das quais a um dos seus tradicionais moinhos de vento. Mas por ser uma visita em grupo, ficou pela superficialidade a explicação quanto ao funcionamento da sua engrenagem interior.
Visitaria de novo a Holanda em 1997, a convite do casal Coba e Gerard, que me alojou na primeira vez, quando então festejaram as suas bodas de prata. Também esse relato já aqui foi feito - clic para ver.
E foi nessa altura que nos proporcionaram a visita a um outro moinho de vento e desta vez exclusivamente para nós. O casal Dick e Marta, responsável pelo moinho, fez questão de nos explicar e mostrar tudo ao pormenor, não desperdiçando eu, então, a oportunidade para recolher as imagens da engrenagem interna, a fazer lembrar o mecanismo de um relógio gigante, que aqui posso exibir.

Estes moinhos, para além da sua utilidade prática, são uma atracção turística que a Holanda não desperdiça, havendo empresas especializadas na sua manutenção.
Mas a grande curiosidade é que alguns estrangeiros investem na sua compra e preservação, como no caso deste, em que o proprietário era alemão.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O "Dr.César Botelho"

VIAJANDO NO TEMPO

Faço vénia e agradeço ao director do Jornal do Fundão, pelo que li na revista que acompanhou o semanário de 13/08/2009, e que me permito transcrever:

"Não se lembram do dr.César Botelho na sua oficina de latoaria, que o Timã, como quem desenha um cartão de visita, sugeriu que deveria ter na parede como chamariz publicitário:
O dr.César ! Baixinho e gordo, cara redonda e farta bigodaça, eximio tocador de trombone, músico da Banda (quando havia Banda e ele não se zangava), benfiquista frenético, o dr.César Botelho, quando o seu clube ganhava, retirava o instrumento do recato do lar e saía à rua, de cachecol vermelho ao pescoço, espalhar o som pelos lugares anunciando a boa nova. Nesta peregrinação, dava-lhe a sede e ele matava-a bem, olá se matava, em tascas onde o convidavam para rodadas de copos de três ou penaltis que se bebiam de um trago. E com combustivel assim renovado, lá ia ele, abraçado ao pesado instrumento, pom-pom.
Este dr.César Botelho ia às vezes, por desfastio, ao Aliança. Mas dizia que acampava lá um colega, um médico com o mesmo patronímico, um sovina de primeira categoria, e ele não queria confusões. Deus o livrasse disso. E contava que já, por mais de uma vez, à boa paz do café, o tinham chamado de urgência ao telefone e ele na boa fé lá ia. Depois do outro lado do fio perguntavam:
- Está é o dr.César ?
- ...
- Estou eu práli a gastar o meu latim, à espera de ir socorrer alguma artéria de canalização entupida, e afinal é um rendeiro que quer pagar a renda ao outro ... ou alguém a pedir um atestado médico, que é a sua grande especialidade clínica.
O Timã chama-o para a mesa.
Como é que vai o campeão da lata ?
- Eu bato muita na minha oficina e às vezes ela já me tem faltado. É que há cada vez mais praí gajos cá com uma latosa ! Gastam-na toda ...
O Timã toca-lhe na música, que é o ponto sensível do dr.César Botelho.
Então, diga lá, quando é que põe a boca no trombone e dá umas gaitadas para pôr esta marmelada toda a tremer ?
- Ora, isto agora está uma merdice, tão reles, que o trombone já não acorda ninguém, estão todos podres de sono - responde ele na galhofa. - Era preciso uma Banda inteira, mas com um grande naipe de bombos, como os de Lavacolhos, para os acordar ! E, se calhar, nem assim abriam o olho."
---oOo---
Já lá vão 45 anos, tinha eu uns envergonhaditos 20 anos, queria estar perto da minha amada e acompanhá-la a ver televisão, que na altura só se ia vendo nalguns cafés, como o "Misérias" ou o Aliança. Ela já me tinha aceite namoro, havia cerca de dois anos, e à sucapa lá nos íamos encontrando.
Mas para me aproximar dela à vista dos pais e poder acompanhá-la ao café, tinha de pedir autorização ao pai.
E as circunstâncias forçaram-me a esse gesto de coragem.
Sabe Deus então com que nervoseira, lá me aproximei do "dr. César Botelho" e pedi a necessária autorização para namorar com a filha. Que tempos ...!!!
Foi a primeira vez que falei com ele, mas fui bem sucedido, vindo a tornar-me seu genro.
Acompanhei por isso uma boa parte da sua vida e fui testemunha de um manancial de estórias, que não seriam possíveis em qualquer outro. Só do "dr.César Botelho"... !
Mas a par da música e do seu amor clubista pelo Benfica, que levou a que se dissesse que "ele gostava mais do Benfica do que da família", tinha uma outra grande paixão - era um bombeiro totalmente dedicado à causa e a sirene fazía-o saltar como uma mola, correndo para o quartel enquanto se equipava com o fardamento que estava sempre atrás da porta, pronto a ser vestido.
E não resisto a deixar aqui a referência a uma dessas estórias:- em dia de Procissão do Senhor dos Passos, levava no ouvido o auricular do rádio para ouvir o relato do seu Benfica. A certa altura o glorioso marca um golo e o "dr.César", de lanterna nas mãos, não se contém na exteriorização da sua alegria.
E de tal maneira o fez que quase mandava abaixo o andor do São João.
Vídeo com imagens de arruada e de pic-nic no 2º. "1 º.de Maio" em liberdade

O texto da revista, que tanto nos tocou, fez-nos recuar no tempo, ainda que nos pareça não ter passado nenhum tempo desde a sua partida, e já lá vão sete anos.
Obrigado, Fernando Paulouro.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Raúl - Quem o não conhecia ?!

Viajando no tempo
À volta do Raul, Mané, David, Miguel, Ana Rita, Carla e Vera
Passaram mais de 28 anos, era dia de anos da Vera, o dia 21 de Julho.
Houve uma festinha, vieram os amigos e o Raúl passou lá pelo Parque das Tílias, diante do qual morávamos. O parque que, na sua forma de então, nos deixa tanta saudade !!!
O Raul acabou por participar na festinha e também ficou na fotografia que registou um dos momentos daquele dia.
Todos o conhecíamos no Fundão. E quero recordar aqui o Raul, não pela diferença que lhe conferiam as suas limitações ao nível do raciocínio, mas porque era uma figura simpática para todos e, essencialmente por esta razão, era um ser de coração puro e bom.
E tanto assim era, que as crianças facilmente com ele conviviam.
Tinha expressões próprias que marcaram a sua passagem pela vida, como a de chamar "farata" a quantos se cruzavam com ele. Mas se também lho chamavam, a sua resposta era pronta: "farata tu..."!
Recordá-lo aqui, é uma pequena homenagem que lhe presto.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Fundão - onde já houve bandas musicais

Viajando no tempo

Recuar no tempo, até quando existiram duas bandas musicais no Fundão, não é possível para mim. Só me recordo da existência de uma. Mas nem essa já existe, desapareceu há muito.
Encontrar uma resposta para as causas do desaparecimento da última banda musical no Fundão, significa encontrar também uma resposta para as razões do desaparecimento do fulgor associativo que a Associação Desportiva do Fundão já teve. E hoje não tem.
Fiz parte dos corpos directivos desta colectividade no tempo em que a vida associativa era intensa, em que o espírito de entrega dos associados era total para qualquer actividade, fosse desportiva, cultural ou de lazer.
Era fácil, então, mobilizar os associados para a organização de todo o tipo de eventos e a história recorda-nos como aconteceram coisas tão interessantes como a volta à Cova da Beira em bicicleta, torneios de natação, basquetebol, hóquei em patins, a feira popular no reduto da associação, etc.,etc..
Havia também a banda musical, que tinha a sua própria escola de preparação dos músicos, e que desenvolveu uma grande actividade.
Desvaneceu-se, sem a dignidade de que era merecedora. Mas isso já lá vai.
E foi durante a sua existência que se realizou um festival de bandas, do qual recolhi algumas imagens.
Aqui ficam para a posteridade. É bom recordá-las.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Mennonitas - Amish Country (Canadá)

Na viagem que fiz a Toronto - Canadá, em 2008, tive a oportunidade de visitar uma comunidade de mennonitas, um ramo do movimento religioso dos anabatistas, em St. Jacobs.
Tal como os Amish, são descendentes dos grupos suíços de anabatistas, chamado de Reforma Radical, cujo nome veio de Menno Simons, um padre católico que se converteu ao anabatismo.
São conhecidos pelos seus costumes conservadores, com uso restrito de equipamentos electrónicos, incluindo telefones e automóveis.
Preferem viver afastados da sociedade, não prestando serviço militar, chegando a não pagar segurança social e não aceitar qualquer assistência do governo.
Evitam ser fotografados e quando se apercebem que alguém se prepara para o fazer, como foi o meu caso, baixam a cabeça ou viram as costas. Só à distância me foi possível obter imagens de uma família em descontraída atitude.

No espaço que visitámos são comercializados todos os produtos das suas culturas, assim como é feito o mercado do gado, com os eventuais compradores a ensaiar as montadas, correndo com os cavalos numa espécie de hipódromo ali instalado.
Mas a área rural onde se desenvolve o comércio dos mennonitas foi inteligentemente aproveitado para outro tipo de comércio, pois sendo eles a atracção, à sua volta existem restaurantes, estabelecimentos requintados com marcas de grande prestígio, um sem número de atracções de feira, outlets, etc..

O relato dessa viagem pode ser visto em:

quinta-feira, 30 de julho de 2009

CARNAVAL DOS CAMINHEIROS 1997

Neste ano, o desfile de Carnaval dos Caminheiros da Gardunha foi já muito mais elaborado que os anteriores e envolveu um número de pessoas muito considerável, para além de implicar as diligências necessárias para reunir fardamentos e instrumentos, num estado de conservação que só o Carnaval os poderia aceitar naquele estado.
A "inauguração" de três importantes melhoramentos na regedoria, tais como, uma "banda ressuscitada", um "marco de correio" e o "jet 7", implicava desde logo a figura do "Rege-Dor" e os discursos adequados às circunstâncias.
Procurei desempenhar o melhor possível o papel de "Rege-Dor" e por isso adequei os discursos ao personagem que havia imaginado. Decorridos 12 anos, até eu próprio fico surpreendido com os textos.
As imagens recolhidas tiveram de ser reduzidas ao máximo de 10,00 minutos permitido pelo Youtube, para onde o clip de vídeo foi carregado e depois inserido neste espaço. Apesar dessa limitação, é possível apresentar um conjunto de imagens que dão para entender a cegada.
E a onda de entusiasmo que se gerou a partir deste Carnaval tem permitido que todos os anos o corso carnavalesco venha para a rua, tornando os Caminheiros da Gardunha como os grandes responsáveis por um cartaz que se impôs a nível regional.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

CARNAVAL DOS CAMINHEIROS - 1996

Também em 1996 se realizou o tradicional baile dos mascarados, que tinha lugar no sábado anterior ou mesmo na véspera do dia de Carnaval, só que das cegadas que então aconteceram não houve recolha de imagens.
Mas aconteceu o desfile de terça-feira de Carnaval, com a crítica às obras que no Fundão não andavam nem desandavam, por isso chamadas de "Obras de Santa Engrácia".
Assumi o papel do "padre" que fez a encomendação das "suas almas", secundado pelo coro de "carpideiras" num "sentido pranto" por obras ou monumentos como: Casino Fundanense e Convento de Santo António, Regadio Cova da Beira, Associação de Regantes, Espaço Mercado-Facif, Pavilhão Gimno-desportivo, Associação Desportiva do Fundão e Palácio da Justiça.
E tudo se organizou em cima do acontecimento, o que me levou a elaborar os textos em tempo record e durante o tempo de trabalho por conta de outrém, reconhecendo por isso ter roubado algumas horas à entidade patronal de então.
Mas era pela boa causa dos Caminheiros da Gardunha que, com espírito de fraternidade e alegria, traziam para a rua o seu contagiante entusiasmo e tudo se justificava.
O que então era um grupo não organizado, sabia "organizar-se" em eventos desta e de outras naturezas, trazendo até aos nossos dias o corso de Carnaval que todos os anos se vai repetindo.
Ficam para a posteridade as imagens do desfile de Carnaval de 1996, com a crítica às "Obras de Santa Engrácia", no Fundão.

terça-feira, 28 de julho de 2009

CARNAVAL DOS CAMINHEIROS - 1995

Em véspera de Carnaval, o baile dos mascarados proporcionava sempre as mais inesperadas e imaginativas trapalhadas.
O ambiente que então existia era descomplexado e participativo, levando a que facilmente se improvisasse um quadro, sugerido por qualquer programa de TV, comportamentos de figuras públicas ou imitação de mestres de qualquer ofício.

Foi assim que nessa noite, pela primeira vez, incorporei a figura do fotógrafo "a la minute", com uma máquina de características únicas e se exibiu o conjunto "Os BatnAvó".

Para o conjunto e quase em cima do acontecimento, foi-me pedida uma letra, e num esforço à criatividade da rima lá surgiu uma dedicada à Ciciolina, que então estava na berra devido às suas extravagâncias pornográficas e recente visita a Lisboa.

Não deu para ensaios do grupo nem mesmo para adaptação à letra, mas a exibição dos "BatnaAvó" foi um êxito.

Para recordar, aqui fica a letra da canção:

Refrão
Mostra a mama óh Ciciolina
Mostra a mama a toda a gente
Mostra a mama óh Ciciolina
Para o Zé ficar contente

A saia da Ciciolina
Deixa ver a cuequinha
Quando ela a deita p’ra baixo
Logo se vê a ratinha

A saia da Ciciolina
Foi feita para descer
Também a sua ratinha
Foi feita para … mijar

A saia da Ciciolina
Deixa ver as suas fraldas
Viram lá uma coisa grossa
Era um boneco das Caldas

A saia da Ciciolina
Guarda cobras e lagartos
Fartam-se de comer a fruta
Para ver se ficam fartos

A saia da Ciciolina
Tem um buraco por trás
Quando o Zé o vai tapar
Já nunca sabe o que faz

A saia da Ciciolina
Tapa um grande aspirador
É um buraco sem fundo
Até engole um tractor

Nas nalgas da Ciciolina
Desenharam lá um U
Se querem pôr o assento
Têm d’o meter no cú

Para acabar a cantiga
Da saia da Ciciolina
Pega-se fogo à ratinha
Regada com gasolina

O local da brincadeira foi no edifício do restaurante do parque de campismo, na altura ainda em construção.

Dada a presença deste fotógrafo, já então com fama de paparazzi, havia que "inventar um evento" para o desfile do dia seguinte.

E rapidamente se formou a cena do casamento com noivos, menino das alianças, convidados e, naturalmente, o fotógrafo a fazer a reportagem.

A população foi sendo também apanhada no "cliché", sempre que era convidada para ser fotografada com os foliões, mas ignorando que uma máquina verdadeira ia fotografando as suas reacções com os efeitos do "disparo" da objectiva.

O conjunto de imagens então recolhidas são elucidativas quanto ao êxito das brincadeiras improvisadas para o baile dos mascarados e para o desfile do dia seguinte.

domingo, 26 de julho de 2009

CARNAVAL DOS CAMINHEIROS - 1994

VIAJANDO NO TEMPO

Neste, como noutros "regressos ao passado" da memória, detenho-me em mais um dos bons momentos que o Carnaval vivido pelos Caminheiros da Gardunha nos proporcionavam.
O ambiente saudável e de alegre disposição era por todos aproveitado para se expandirem sem reservas, entregando-se às brincadeiras que a todos contagiavam. A ordem era para o divertimento descomplexado e daí que o baile dos mascarados, que antecedia o dia de Carnaval, fôsse sempre um êxito. As mais incríveis e inesperadas figuras apareciam, na pele de pessoas que seria difícil imaginar, e contribuiam sempre para o êxito das festas.
E de uma noite de baile, sempre bem surtida quanto a petiscos, passava-se para o dia seguinte com o lanche do muito que sobrava da noite anterior, terminando com nova edição de brincadeiras e os inevitáveis fados à desgarrada.
As imagens possíveis aqui ficam, a testemunhar os momentos que tão de bom grado se evocam.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

CARNAVAL DOS CAMINHEIROS - 1993

VIAJANDO NO TEMPO

Já o escrevi aqui mais do que uma vez, esta forma de "viajar" não tem limites quanto à duração da "viagem" nem ao tempo em que se situa, dependendo apenas do alcance da memória. E esse é ilimitado.

Desta vez vou instalar-me no "miradouro" que permite visionar a organização dos primeiros desfiles do Carnaval, sustentado nas imagens que ficaram desses momentos, recuando até ao ano de 1993.

Dizer que aqueles surgiam de forma expontânea, é pretender simplificar muito a questão quanto à ideia, a origem de textos, os artefactos a utilizar e a mobilização das pessoas que seriam necessárias para compor os quadros. E como responsável pelo grupo, essas e outras responsabilidades tinha de as assumir naturalmente, embora a colaboração dos demais elementos nunca tivesse faltado.

Se bem que a primeira saída para a rua - naquilo que foi chamado de primeiro desfile - se baseasse no disfarce, mais elaborado ou menos elaborado, conforme a imaginação, já os que se seguiram foram sustentados na crítica a diversas situações locais.

Sendo nessa altura um grupo não organizado em termos estatutários, tinha na colaboração entre todos a sua grande virtude, pois não havia reservas de qualquer espécie quanto ao espírito de convívio, sempre baseado na boa disposição e alegre aproveitamento dos momentos de ócio.

E era de forma descomplexada que assumíamos as figuras do Carnaval e vínhamos para a rua "provocando" no bom sentido a população, que se associava aos foliões e conferia à festa as caracterísicas que deve ter o Carnaval.

A figura de "Madona/Mamona" que então assumi é um dos exemplos, numa terça-feira de Carnaval em que os funcionários públicos não tiveram tolerância de ponto e por isso receberam a nossa visita na Câmara Municipal do Fundão.

Tempos que irei aqui recordar através das imagens que fazem parte do meu arquivo de imagens, que ficou desses tempos de boa memória.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Como concretizar o sonho de viajar

Muitos gostarão de viajar, tanto quanto eu. Adoptei até como referência uma frase do amigo Joaquim Nunes das Neves: "Porque uma viagem vale mais do que a leitura de 100 livros". Tenho constatado que é verdade.
Concretizar esse sonho nem sempre é possível, desde que não haja meios económicos para o fazer.
Não sou rico, mas aprendi que se soubermos fazer economias, conseguimos realizar alguns desses sonhos. E se um cruzeiro, na maior parte dos casos, representa o sonho de uma vida, no meu caso já consegui realizar três cruzeiros:
2002 - Brisas do Mediterrâneo (Barcelona, Mónaco-Monte Carlo, Pisa-Luca, Roma, Nápoles- Pompeia, Malta, Barcelona), o primeiro;
2008 - Cruzeiro das ilhas gregas (Atenas, Santorini, Rhodes, Myconos, Dubrovnik, Veneza), o segundo;
2009 - Cruzeiro no Báltico (Copenhague, Gdansk, Klaipeda, Estocolmo, Tallin, S.Petersburgo, Helsinquia), o terceiro;
Sendo um profissional da gestão de números, procuro que a minha vida pessoal e familiar também assente numa boa gestão dos números que a condicionam, principalmente os que dizem respeito à parte económica.
Curiosamente foi no primeiro cruzeiro, quando fazíamos a visita à primeira capital da ilha de Malta - Mdina - hoje chamada de "cidade do silêncio", por se encontrar quase desabitada, que em conversa com um grupo de brasileiros me apercebi da sua forma de fazer economias para as viagens:- começam a colectar-se para a viagem seguinte, mal acabam de fazer a anterior.
Também assim procedo em relação aos meus aforros para as viagens, começando a fazer economias no ano anterior à sua concretização, através de uma conta a prazo.
E a demonstração de que podemos fazer economias, seja para viajar ou para qualquer outro projecto, apresentei-a a um fumador de 2 maços de tabaco por dia. Tomando como valor do maço 4€, é simples: 4,oo€ x 2 x 30 dias = 240,00€ x 12 meses = 2.880,00€/ano.
Com esse valor é possível fazer uma viagem muito interessante para duas pessoas. Mas por vezes os fumadores são dois no casal !
Ora eu não sou fumador, por essa razão vou conseguindo dar concretização ao sonho de viajar.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

"O teatro dá sabor à vida"

Nem sempre as saídas para longe nos compensam tanto o espírito e o corpo, como estas em que "vamos para fora cá dentro" aproveitando, afinal, o que de tão bom por cá temos.
Ir ao teatro, mesmo que à custa de uma deslocação de mais de 250 km até ao Porto, enriquece-nos o espírito. E a peça de Filipe La Féria "A Gaiola das Loucas", bem contribuiu para isso.
O jantar no terraço do Rivoli, à luz da vela e música ao vivo, que julgamos contribuir apenas para o bem estar do corpo é também muito benéfico para o espírito. E olhando os pratos, a frase que neles está impressa, justifica plenamente este ou outros circuitos que nos levem, perto ou longe, junto de um palco: "o teatro dá sabor à vida".

O dia seguinte continuou a ser de alimento para o corpo, com uma gostosa cataplana de tamboril e marisco, na Nazaré, onde não deixamos de ir sempre que estamos por perto. Aliás, a Nazaré é sempre um bom destino para nós.
Mas depois também alimentámos o espírito, visitando a Quinta dos Loridos, da Fundação Berardo, perto do Bombarral (saída 12 da A8).
Chamado de "Buddha Eden" ou Jardim da Paz, é um espaço de cerca de 35 hectares, que pretende ser um espaço de reconciliação, meditação, "... como forma de redescobrir a felicidade. Ambicionamos, assim, percorrer o caminho contrário à destruição do ser humano e disseminar a cultura da paz". É o que se lê dos objectivos que levaram à sua criação, idealizada e concebida "pelo comendador José Berardo em resposta à destruição dos Budas Gigantes de Bamyan" pelo governo talibã, no Afeganistão.

Sem nos questionarmos sobre tais objectivos ou sobre o investimento ali feito, pessoalmente acho que investir na arte e na cultura vale sempre a pena.
E cada qual é senhor de fazer do seu dinheiro o que muito bem entender, desde que administre apenas o que é seu.
Aconselhamos uma visita ao local, e se tal não fôr possível, uma simples espreitadela ao site:

domingo, 28 de junho de 2009

UMA VIAGEM QUE SE DESEJA LONGA

A nosa Beny iniciou a sua viagem da vida em 16/03/2009, às 15,14 h, com 3,365 kg. de peso e 48 cm.
Desejamos que seja longa e sem precalços.
A Benedita, é afinal a bendita surpresa que o "menino" amorosamente aguardado, nos trouxe.
Juntou-se ao seu mano António, para completar o quadro de família ideal. Que Deus o abençoe e preserve.
Aqui já passaram dois meses e meio... !

E a Benedita já foi ver a festa do António

Tudo ficou gravado nestes vídeos !

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Cruzeiro no Báltico - 2009

Este programa de viagem, tal como os anteriores, foi escolhido em função do seu conteúdo.
Neste caso essencialmente pela possibilidade de visitar San Petersburgo, mas não só, pois a viagem permitiu conhecer Copenhague, Gdynia-Gdansk (Polónia), Klaipeda (Lituânia), Estocolmo, Tallín (Estónia) e Helsinquia.
A empresa que organizou o cruzeiro é a Pullmantur e pela terceira vez fomos num dos seus cruzeiros, o primeiro dos quais em 2002 no Mediterrâneo: http://a-de-mirador.blogspot.com/2008/08/2002-cruzeiro-no-mediterrneo.html
O segundo veio a acontecer em 2008, nas ilhas gregas: http://a-de-mirador.blogspot.com/2008/10/2008-cruzeiro-atenas-veneza.html
Dos dois ficámos com a melhor das impressões, por isso termos repetido.
Curiosamente de novo a bordo do Zenith, no qual fizemos o cruzeiro das ilhas gregas.
A viagem começou em Madrid com o vôo, também incluído no programa, que nos colocou em Copenhague e a partir daí iniciou-se o cruzeiro.
Desta vez o relato da viagem foi sendo feito dia-a-dia, dadas as possibilidades de ligação à Web existentes a bordo, numa sequência em conformidade com os locais a que aportámos e onde se realizaram as excursões que à partida sabia existirem e que são, afinal, a razão principal destas viagens. Sem elas o cruzeiro não teria o mesmo interesse.
Fundão-Madrid
Maio - sexta, 22
Dado que tínhamos de estar em Madrid pelas sete da manhã de sábado, dia 23, decidimos ir de véspera e dormir no Ibis, junto ao aeroporto de Barajas.
Deixado o carro no aparcamento, o avião saiu de Madrid com uma hora de atraso devido a problemas no check-in do aeroporto, mas tudo correu bem até Copenhague.

COPENHAGUE - Dinamarca
Cruzeiro - 1º.dia
Primeira excursão

Já em Copenhague e antes de nos instalarmos no Zenith, foi-nos proposta a primeira excursão facultativa - conhecer Copenhague, ainda que de forma bastante superficial. Mas em três horas não se podia exigir mais.
Instalados no autocarro fizemos uma visita panorâmica que nos deu uma perspectiva da cidade, seguindo-se uma viagem de barco pelos seus canais, ou melhor, pelo estreito entre ilhas e também pelo que é de facto um canal.

Embora vista do barco, a pequena sereia ficou no retrato, assim como as típicas casas que ladeiam o canal.

Dado que o dia foi de sol, após um dia de borrasca que se verificara na véspera, foi ver todas as esplanadas cheias de gente para o disfrutar, como se de um dia de verão se tratasse.

Ficou-nos uma impressão extraordinária deste contacto com a cidade de Copenhague, a que se seguiu a instalação no navio, que já disse conhecer do cruzeiro de Atenas, o ano passado. Sabíamos por isso o que nos esperava, sem surpresas.
Mas a nossa vinda neste cruzeiro tinha ainda outra motivação - comemorar 38 anos de casados. Registámos a imagem alusiva ao dia, em Copenhague.

Ao jantar conhecemos os companheiros de mesa, que o seriam durante todo o cruzeiro, Mafalda e Cândido, de Portimão.


Ao serão foi o show de boas-vindas, que correspondeu ao que se esperava dele - um espectáculo muito agradável.

GDANSK - Polónia
Cruzeiro - 2º.dia
Segunda excursão

Depois de mais uma noite, que serviu para arrumar de vez as coisas trazidas para a viagem, foi-nos proporcionado o segundo show - este dedicado aos Beatles.
Mais um espectáculo de muito bom nível.
E antes fora-nos apresentada a proposta para a segunda excursão facultativa - uma visita a Gdansk, partindo do porto de Gdynia. E Lech Walesa, um herói para os polacos, foi referido de amiúde pela guia local, quando passávamos junto aos estaleiros desta cidade.
Porque já estávamos a contar com ela, foi a oportunidade para visitar de novo a Polónia e uma vez mais com a mesma belíssima impressão com que havíamos ficado quando visitámos outras cidades, da primeira vez, em 2007.
Uma cidade muito bonita e com muita vida, até porque o tempo estava maravilhoso. Muito sol e com uma temperatura agradabilíssima.
Havia festa nas ruas, com espectáculos e música, o que leva a que as pessoas mostrem felicidade.

Para além de outros pontos da cidade, a visita à catedral mostra-nos a imagem de Santo António, que cremos ser o de Lisboa.

Fica registada a imagem como recordação, para além de muitas outras imagens que guardamos no espírito e no album do cruzeiro.

Valeu a pena visitar Gdansk.

KLAIPEDA - Lituania
Cruzeiro - 3º.dia
Terceira excursão

Chegamos ao porto de Klaipeda, na Lituania, e graças à excursão que nos foi proposta ter o primeiro contacto com as pessoas deste país.
Constata-se que a riqueza monumental não é muita, mas as pessoas são muito simpáticas e a guia foi disso exemplo.

O âmbar é produto que se vende em todos os sítios, tendo sido muito interessante a visita que nos foi proporcionada ao museu do âmbar.

O turismo é para eles muito importante e a sua promoção está a ser feita de muitas formas, como as praias, estruturas hoteleiras e outras atracções.

Regressados ao barco, o resto do dia a bordo culminou com a chamada noite do capitão, com o cocktail, o brinde com todos os primeiros oficiais e chefes de departamento, a que se seguiu então a fotografia com o capitão Arkadiusz Brañka.
É um momento que merece ficar registado e a imagem aqui fica.

ESTOCOLMO - Suécia
Cruzeiro - 4º.dia
Quarta excursão

Fantástica a visita a esta cidade, capital da Suécia.
Pudemos ver o porquê de ser considerado um dos povos mais ricos da Europa, notando-se por isso a diferença com o que víramos no dia anterior.

A cidade á maravilhosa e o tempo de que dispusemos permitiu-nos apreciar um pouco a que é considerada a Veneza do norte, pelos seus muitos canais.

Porém, fica-nos na memória a visita ao museu Vasa, dedicado exclusivamente ao barco de guerra recuperado do fundo do mar, que se havia afundado na viagem inaugural e que agora se encontra no museu que foi criado em seu redor, depois de ser instalado no local em que se encontra. Um verdadeiro sonho, para não esquecer.

Ao final da tarde o barco partiu de Estocolmo, mas durante horas navegámos com margens sempre muito próximas, como se de um canal se tratasse. Foi um bonito entardecer.

TALLÍN - Estónia
Cruzeiro - 5º.dia
Quinta excursão

Depois de uma noite com a animação dedicada ao carnaval, chegámos ao porto de Tallín.
Com o tempo a ser-nos favorável, apesar dos ameaços, pois só começou a chover quando estávamos a regressar ao barco, fizémos esta visita que nos permitiu conhecer o povo deste país, também já membro da comunidade europeia, embora continuando com a sua moeda, a Koroa da Estónia (EEK).
A primeira curiosidade foi a visita ao campo das canções, onde se faz um festival de coros, que no final cantam em conjunto, chegando a encontrar-se no palco 30.000 pessoas.

A cidade é também muito interessante, com edifícios muito característicos e imponentes catedrais.

Quando circulávamos pelas ruas, apercebemo-nos do Consulado Português, não deixando de registar o facto em imagem.

Só a curiosidade das horas - quando fomos visitar a Lituania, adiantámos uma hora (duas em relação a Portugal). Fomos para Estocolmo e atrasámos de novo uma hora.
Neste dia de novo adiantámos uma hora e no dia seguinte adiantámos mais uma, quando nos dirigimos para S.Petersburgo.
Também a visita a Tallín foi uma experiência fantástica.

S.PETERSBURGO - Rússia
Cruzeiro - 6º.dia
Sexta excursão

A primeira excursão que aproveitámos foi ao folclore russo. Não propriamente folclore popular, mas feito pelo coro da armada russa com o seu corpo de bailarinas e bailarinos. Fantástico.

Para se ter uma ideia da sua actuação, aqui se apresenta um pequeno vídeo:

Então o seu final, com a conhecida Kalinka, foi o máximo e pode também ser apreciado no pequeno video que se mostra a seguir:

O espectáculo foi pelas 20 horas, durou cerca de duas horas e depois tivémos a oportunidade de passear até regressarmos ao barco, era meia noite.
Pudémos ver as "noites brancas", que é o anoitecer pelas 23 horas, ficando lusco-fusco durante mais de uma hora, para depois amanhecer cerca das 4,30 da manhã. Quase não há noite.

O fantástico é que a movimentação nas ruas é constante e diria que as noites brancas são mais "noites em branco", pois a juventude, quase invariavelmente de cerveja na mão, não pára.
A excursão seguinte seria pelos canais, para conhecer o que era possível desta grandiosa e monumental cidade.
Mais uma experiência fantástica.

S.PETERSBURGO - Rússia
Cruzeiro - 7º.dia
Sétima excursão

O segundo dia em S.Petersburgo permitiu-nos visitar a emblemática catedral da Ressurreição e admirar a cidade através dos canais.

Havia que escolher entre diversas opções de visitas e se bem que o Museu Hermitagem nos convidasse a fazer-lhe essa visita, a verdade é que o tempo era demasiado limitado.

Por isso ter-me sujeitado a vê-lo do exterior e alargar mais o circuito para ficar com uma melhor noção da cidade e da sua grandeza.

Os edifcícios são de tal dimensão, que todos têm aspecto ou foram mesmo de utilização palacial. São hoje grandes monumentos.
É de facto impressionante esta cidade de S.Petersburgo.

Helsínquia
Cruzeiro - 8º.dia
Oitava excursão

Chegámos ao porto de Helsinquia e o camarote teria de ficar vago a partir das 8 horas. O cruzeiro aproximava-se do fim.
Ainda aconteceu mais uma excursão para conhecermos a capital da Finlândia e quando chegaram as 19,00 horas locais, rumámos a Madrid.
Para trás ficaram locais extraordinários, que só desta forma é possível conhecer.
Na última noite, uma vez mais, foi possível admirar o pôr-do-sol por volta das 23,15 horas, altura em que decorria o show de despedida.

As imagens recolhidas ao longo do cruzeiro, umas centenas largas, não poderão constar todas destes relatos, mas algumas são complemento destes apontamentos.
De Helsiquia - O regresso a casa
Tudo o que que é bom também acaba. E o cruzeiro também acabou. Já estamos em casa.
De Helsinquia gostámos imenso e temos de dar graças a Deus, porque o tempo contrariou todas as previsões e apresentou-se com sol e temperatura de 28 gráus. Verão para eles, que raramente têm destas oportunidades para apanhar banhos de sol.

Levávamos imensos agasalhos, que só nos atrapalharam. Mas ainda bem.

Depois da excursão fomos levados ao aeroporto e dali o vôo para Madrid, onde chegámos cerca das 22,00 horas. Com recolha de malas e instalação no hotel, só depois da 1,00 hora local estávamos a dormir.
No dia seguinte saímos de Madrid, guiados pela "menina" do GPS, e passadas 3 horas de condução, sem parar, estávamos em Vilar Formoso a almoçar à portuguesa.
E pronto, acabou.
Para a estatística
Antes de acabar o relato da viagem, ficam aqui alguns números do cruzeiro.

Passageiros - sem saber o seu número exacto, ficou-me no ouvido que estariam a bordo cerca de 1.400.
Tripulantes - estes são números que constavam do jornal que todos os dias era publicado a bordo - 633 de 30 nacionalidades (conferindo os números encontro 29 nacionalidades, mas a sua soma indica-me 644):
Argentina 18, Alemanha 2, Brasil 96, Bulgária 4, Chile 18, Colombia 26, Croácia 1, Cuba 1, Espanha 21, Filipinas 129, Guatemala 26, Grécia 4, Honduras 75, India 29, Indonésia 75, Itália 2, Nicarágua 3, Noruega 2, Nepal 4, Panamá 8, Paraguai 1, Perú 19, Portugal 7, Polónia 3, Roménia 37, República Dominicana 7, Reino Unido 4, Ucrania 15 e Venezuela 7.