domingo, 25 de dezembro de 2011

Preservemos o espírito de Natal

É verdade que o momento que se vive é de muita incerteza.
- Já sentimos dúvidas no dia de ontem;
- Já sentimos dúvidas no dia de hoje;
- E muitas mais dúvidas sentimos pelo dia de amanhã.
Tudo porque a palavra crise se instalou na vida das pessoas.
Não de todas. Porque algumas arranjaram artimanhas para se escapar a ela.
Mas o Natal é o momento em que fazemos votos e mais votos para que tudo seja bom, para que haja muitas prendas, para que haja muita saúde, para que haja muita paz, para que haja muito amor…
Muito de tudo.
Como se não tivéssemos de dosear as coisas, ficando apenas pelo que é necessário.
Mas preservemos o espírito de Natal.
E não nos esqueçamos de, em todos os outros dias do ano, fazer votos nem que seja para desejar que o dia seguinte seja melhor, se não igual, ao dia que acabou de passar.
Para si e para todos os seus semelhantes.
Porque o espírito de Natal não pode ficar arrumado na prateleira até ao ano seguinte.
Ele é também o sinal da esperança.
Mas o ano de 2012 está já aí.
E os meus votos para 2012 são os de conseguirmos ser positivos, ao ponto de ter satisfação pelo que já possuimos e não vivermos na ânsia do que ambicionamos possuir.
Sem invalidar a ambição natural de uma vida melhor, porque há aqueles que nada têm... e deviam ter.
No mínimo, o necessário para uma vida digna.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

E o sonho tornou-se realidade !

Deixei aqui escrito, noutra mensagem anterior, que “os sonhos deixam de ser utopias, quando somos suficientemente loucos para nos lançarmos na corrida para os agarrar e na tentativa de os tornar realidade”.
Pois essa corrida foi feita até Bruxelas e consegui segurar e tornar realidade o sonho de assistir ao concerto que ali foi dado por André Rieu, no Forest National.
Era o dia 11-11-11, dia de S.Martinho, patrono do Fundão, também feriado em Bruxelas, devido à comemoração do armistício de 1918.
Mas se não fosse o gosto pela música, que Ludwig van Beethoven dizia ser "o idioma de Deus", com certeza não estaria agora a escrever que eu e minha mulher tivemos o privilégio de estar entre as cerca de 8.000 pessoas que assistiram a esse memorável concerto de André Rieu e sua fabulosa orquestra.
Mas convém contar que a ida a Bruxelas se fez sem que tivesse na mão os bilhetes que garantiam a entrada no espectáculo.
Porque aconteceu isto:- a compra das entradas  foi feita através da internet a uma agência internacional, que depois soube que era norueguesa.
Pelo pagamento garantido por cartão de crédito, foi-me comunicado que os bilhetes estariam em minha casa até 10 dias antes. Pouco tempo depois, foi-me enviada mensagem a solicitar um endereço em Bruxelas, porque os bilhetes só seriam entregues 48 horas antes do espectáculo. Informei disso o hotel e comuniquei esse endereço à agência.
Quando julgava estar já tudo assegurado, recebo nova mensagem a dizer que os bilhetes só seriam entregues uma hora antes do espectáculo, por um agente que iria contactar-me telefònicamente no local.
Apesar de tudo isto, fui sem qualquer ansiedade e confiante de que tudo iria correr bem. Como aconteceu.
Com o espectáculo programado para as 20h00, às 17h30 estava junto ao pavilhão, onde já se encontrava uma enorme multidão, aguardando eu pelo telefonema de um desconhecido que iria falar-me em espanhol, como eu exigira, face à impossibilidade de ser em português e à dificuldade que poderia surgir na comunicação em qualquer outra linguagem.
Eram cerca de 18h00 e sou contactado por alguém a perguntar-me se era o "sr. Alvarez" e como poderia encontrar-se comigo. Indico-lhe a paragem do autocarro que ali havia em frente e algumas indicações sobre como estava vestido.
Decorridos mais 15 minutos sou então abordado por um sujeito que me fez a mesma pergunta, entregando-me depois os bilhetes, após lhe mostrar um documento oficial de identificação.
Terminava assim, em beleza,  a saga dos bilhetes para o espectáculo.
Sobre o concerto, que começou às 20h00 em ponto, só encontro adjectivos como estes: maravilhoso, fantástico, fabuloso…
O sonho cumpriu-se, mas… se a oportunidade surgisse, voltaria a deslocar-me para ver André Rieu.
O fim-de-semana prosseguiu em Bruxelas, com um tempo maravilhoso num lugar tão apetecível como é o da capital belga, mas naquele momento até nem valorizei devidamente esse aspecto ao conseguir alcançar um dos grandes objectivos da minha vida.
A terminar, deixo esta mensagem: definam objectivos na vida e nunca desistam de os alcançar.

sábado, 29 de outubro de 2011

A minha homenagem ao Bom Amigo Padre Mário


Quando morre um homem, morremos todos, pois somos parte da humanidade".

Ao usar esta frase, referida no romance de Ernest Heminguay  “Por quem os sinos dobram”, e trazê-la a este contexto, de modo algum pretendo ligá-la ao contexto que é criado pela história narrada no romance.
Só a refiro porque também agora morreu um HOMEM.
Cuja presença nos enriquecia;
Cujas palavras nos davam saber;
Cuja amizade nos fazia sentir amados;
Cuja vida nos dava vida.
O Bom Amigo Padre Mário deixou-nos.
Foi … Além… e por lá vai ficar.
Mas vai continuar sempre connosco, porque o temos no coração.
E do coração lhe rendo a minha homenagem.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Quando somos suficientemente loucos...

"A pessoa que não tiver capacidade para sonhar, jamais terá capacidade para realizar". É uma frase do meu amigo Luís Carvalho, que me assenta como uma luva e por isso a adoptei para mim.
Aprendi também que os sonhos deixam de ser utopias, quando somos suficientemente loucos para nos lançarmos na corrida para os agarrar e na tentativa de os tornar realidade. Mesmo quando se tem 67 anos.
Vem isto a propósito do sonho de assistir ao vivo a um concerto de André Rieu, o maestro e violinista que leva a música clássica como qualquer intérprete da música ligeira a leva pelo mundo fora, em camiões carregados com tudo o que se torna necessário para a realização desses grandiosos espectáculos.
Através de vídeos que a internet profusamente divulga, tenho acompanhado a actividade desse grande divulgador da música clássica, em moldes que as pessoas acabam por deixar-se envolver no ambiente maravilhoso dos seus espectáculos, que enchem estádios, praças, arenas e pavilhões de grandes lotações.
Pois o sonho está prestes a tornar-se realidade, com a ida a Bruxelas para assistir ao concerto que André Rieu ali vai realizar no Vorst Nationaal, dia 11/11/2011.
Vôos de avião, bilhetes e hotel estão assegurados, faltando apenas chegar o dia, que tão ansiosamente aguardo, para concretizar esse meu sonho.
Assim Deus me o permita.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

2011 - ITALIA CLÁSSICA

O programa que o operador Pinto Lopes Viagens colocou à nossa disposição sobre Itália, foi o adequado aos objectivos pessoais definidos para este ano. Ainda mais porque também se realizou em Setembro.
Permitiu rever Roma, Pisa e Veneza, mas também conhecer Assis, Siena, Florença e Pádua.
Aguardados pela guia Patrícia no aeroporto de Roma e integrados no grupo, seguiu-se a panorâmica da cidade para nos pôr em contacto com a capital do Império Romano e toda a sua monumentalidade. E por mais vezes que se visite, nunca esta cidade se esgota na oferta de motivos de interesse para o turista, face à sua grande riqueza arquitectónica e todo o seu património cultural e artístico.
O dia seguinte iria permitir-nos fazer de novo a visita ao museu do Vaticano, capela Sistina e Basílica de S. Pedro, não só pelos tesouros e obras de arte ali existentes, como pelo simbolismo daquele lugar para quantos acreditam no cristianismo.
Com a tarde livre, cada qual procurou cumprir os seus objectivos pessoais de visitas, acontecendo connosco ficarmos pela praça do monumento a Vitorio Emanuele II, que os romanos conhecem como "La Tarta". 
Dali partindo para a Via dos Foros Imperiais, até ao Coliseu, e depois pelo centro histórico confinante com a famosa Via del Corso, foi-nos possível entrar na Igreja de Santa Catarina de Siena, na Basílica de Santo Inácio de Loyola, para além do Panteão e Fonte de Trevi, que também estava previsto ser  visitada à noite. Assim foi possível vê-la de dia e de noite.
Mas também a praça Navona iria ser visitada por todo o grupo, apreciando o trabalho ou adquirindo as obras que os inúmeros artistas ali executam e expõem.
O terceiro dia foi iniciado com a saída para Assis, para ficarmos com uma ideia sobre esta cidade medieval, dando-nos também a possibilidade de visitar a Basílica onde se encontra o túmulo de S. Francisco, cuja construção foi iniciada em 1228.
Também aqui foi o almoço, após o qual rumámos para a cidade toscana de Siena.
Nesta cidade medieval começámos por visitar a Basílica de San Domenico, onde se encontra a cabeça de Santa Catarina, a padroeira da cidade, da Itália e da Europa.
Interessante foi conhecer o significado das "Contrade", os bairros que se envolvem nas famosas corridas do Palio, simbolizado num ambicionado estandarte de seda executado para o efeito, que têm lugar na Praça do Campo, uma das maiores praças medievais da Europa, onde milhares de pessoas se apinham no centro, assistindo à tresloucada corrida de cavalos que se desenrola à sua volta, podendo ser vencedor um cavalo sem cavaleiro, se este ficar pelo caminho.
Mas a famosa Catedral de Siena foi também outro motivo de interesse para a nossa visita.
Em Florença, onde havíamos chegado na véspera, iniciamos a visita à cidade sendo conduzidos pela guia local à Igreja de Santa Cruz, com o túmulo de Miguel Ângelo, entre outros.
Passando perto da Ponte Vechio e depois pela Piazza de Signoria, dirigimo-nos à Piazza del Duomo para conhecer a Catedral Santa Maria dei Fiore e o Baptistério, com a famosa Porta do Paraíso. Finda a visita à Catedral seguir-se-ia a tarde livre para então se alargar o conhecimento sobre esta cidade, onde a presença da arte a torna numa das mais famosas do mundo.
Mas em termos pessoais o dia acabou pelas 12,00 horas nesta praça, com um inoportuno desfalecimento que me levou à urgência de um hospital local, onde permaneci toda a tarde, seguindo-se o regresso forçado ao hotel.
Logo pela manhã do dia seguinte rumamos a Pisa, com a sua emblemática torre inclinada devido à inconsistência do terreno em que foi construída, mas que a tornou numa das mais famosas atracções turísticas de Itália.
Mas o Campo del Miracoli não nos oferece apenas como motivo de interesse a inclinada Torre, porque a Catedral e o Baptistério são outras das razões que nos trazem a este famoso lugar da região da Toscana.
Ainda neste dia tivemos a oportunidade de visitar Pádua, onde a grande atracção é a Basílica de “Il Santo”, como é referido Santo António nascido em Lisboa, mas cujos restos mortais ali se encontram depositados.
A igreja começou a ser construída a partir de 1232 e apresenta características que a tornam algo invulgar, com minaretes e cúpulas bizantinas, havendo opiniões que o justificam pelo facto de as ordens mendicantes, dedicadas à pregação e à pobreza, por vezes se instalarem em edifícios existentes que depois restauravam e adaptavam às suas necessidades.
Ainda nessa noite ficámos instalados nas proximidades de Veneza, para que no dia seguinte fossemos levados de vaporeto para o seu centro histórico, começando pela famosa Praça de S. Marcos.
E foi o Palácio dos Doges, sede do governo e Palácio da Justiça, que recebeu a nossa primeira visita, permitindo-nos passar pela Ponte dos Suspiros para o edifício do outro lado do canal, onde se encontram as celas que recebiam os condenados.
De seguida foi feita a proveitosa visita guiada à Basílica de S. Marcos, seguindo-se tempo livre que permitiu visitar outros pontos de interesse, como Ponte de Rialto e o Museu Correr, para além das buliçosas artérias de Veneza, com uma vida e um encanto inigualáveis.
Se, tal como foi dito no início, o programa se adequou perfeitamente aos nossos objectivos pessoais, também ele foi valorizado pela guia Patrícia, que sempre esteve à altura das circunstâncias, mas no meu caso particular com uma postura digna do maior apreço.
E para que o grupo seja recordado, aqui fica a "foto de família", também obtida em Veneza.

sábado, 4 de junho de 2011

2011 - AÇORES - S.Miguel

Desta vez visitei S.Miguel, nos Açores, depois de ter conhecido o Faial e a Terceira, em 2007.
E ter conhecido S.Miguel depois das outras ilhas, leva-me a uma avaliação em crescendo, no que toca à surpreendente beleza dos Açores.
O nosso restrito grupo, composto por mim, irmão Joaquim e respectivas Manuela´s, toma contacto com esta linda ilha em Ponta Delgada, ao final da tarde, acolhido pelo guia da Turangra, promotora do programa turístico.
Instalados no hotel Vip Executive, na zona da Fajã de Baixo, seríamos integrados em grupo mais alargado, no dia seguinte.
E a iniciar a estadia em S.Miguel, uma visita à plantação de ananases, do outro lado da grande rotunda, em frente ao hotel, que permitiu conhecer alguns pormenores, como por exemplo, que são necessários 18 meses para este fruto se formar por completo.
Depois desta visita encaminhamo-nos para a vista panorâmica mais aguardada sobre a lagoa das Sete Cidades, onde o azul e o verde se apresentam no mesmo plano da lagoa, mas que se explica pelas diferentes profundidades do lençol de água.
A paragem em diversos miradouros, como Pico do Carvão, Vista do Rei e Escalvado, a permitir a visão de panoramas surpreendentes, e a passagem pela Bretanha (imigrantes franceses estarão na origem do nome), onde o restaurante “Cavalo Branco” nos serviu o almoço.
Ainda foi possível conhecer Rabo de Peixe, Ribeira Grande, de entre muitos outros lugares interessantes e, no regresso ao hotel, passar pela Caldeira Velha, um local com vegetação que mais parece a de um parque jurássico. Aqui se filmaram cenas da telenovela “A Ilha dos Amores”.
Antes de terminar a volta deste dia, a subida e passagem pela Lagoa do Fogo.
Após o jantar, no hotel, fizemos com os nossos companheiros uma caminhada até à zona das docas, que nos permitiu ficar com uma ideia daquele agradável espaço da cidade de Ponta Delgada.
O dia seguinte permitiu-nos conhecer a curiosa peça o “Arcano Místico”, da autoria da Madre Margarida Isabel do Apocalipse, que o terá iniciado por alturas do ano 1800 no Convento do Santo Nome de Jesus, que contém cerca de 100 quadros, na sua maioria representando temas bíblicos, mas também não bíblicos.
Todas as figurinhas foram moldadas à mão e são formadas pelos mais variados materiais, tais como farinha de arroz, gelatina animal, goma arábica e vidro moído.
Depois de uma pequena paragem no miradouro de Santa Iria, foi feita uma visita à fábrica do chá Gorreana, um autêntico museu em pleno funcionamento, uma vez que quase todas as máquinas continuam sendo as mesmas que iniciaram a laboração em 1883.
Também nos foi possível admirar a sua plantação e fazer uma prova das várias qualidades do chá.
Seguiu-se uma passagem pelo Pico do Ferro, o soberbo miradouro sobranceiro às Furnas, após o que descemos ao centro da cratera, onde nos foi servido o “famoso cozido das furnas”, feito sobre o vapor impregnado de enxofre que brota das inúmeras caldeiras que fervilham naquele espaço.
No dizer do guia, desta forma o vulcão vai descomprimindo, evitando que a “panela de pressão” rebente.
Após o almoço uma visita ao Parque Terra Nostra e a passagem pela Caldeira das Furnas, terra que parece assente sobre inúmeras caldeiras de grandes dimensões, com água fervilhando a altas temperaturas.
Um panorama com tanto de belo, como de assustador.
Para a noite estava destinado o jantar com o espectáculo de folclore típico dos Açores e banda musical, que nos permitiu dar um pezinho de dança.
E a ida ao Nordeste, que aconteceu no dia seguinte, proporcionou-nos uma agradável surpresa, dando-nos a conhecer uma região de panoramas majestosos e duma riqueza natural fantástica.
Paragens em miradouros exemplarmente construídos e tratados, até que chegou a hora do almoço na vila de Povoação.
Para terminar esta visita a S.Miguel, a viagem no comboio turístico que nos mostrou os pontos de maior interesse da cidade de Ponta Delgada.
Uma referência final à excelente qualidade do programa deste circuito e ao guia Gualter Bettencourt, que esteve à altura das circunstâncias, com a sua simpatia e apurado sentido de humor.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Vida

Gosto de poesia, mas até nem tem sido das leituras que mais ocupam os tempos que a elas dedico.
Curiosamente, o meu despertar dos dois dias deste fim de semana teve o seu sabor poético.
Com alguma insónia pela madrugada, dou comigo a "cosinhar" uma poesia.
Fui-a mantendo em memória e agora resolvo partilhá-la aqui com todos os que visitam este espaço.
É a Vida.

Óh Vida
devida
no fim da corrida
E logo à partida
é certa a chegada
com hora marcada
do fim da corrida
Óh Vida
emprestada
Se a hora é chegada
da sua partida
Será devolvida
para ser fundida
Óh força da Vida
com a força do Nada