quarta-feira, 23 de maio de 2012

Visita a Guimarães, capital europeia da cultura

Era uma das visitas que tinha imposto, a mim mesmo, fazer. Esperava apenas pela melhor oportunidade.
E ela surgiu agora, com a ida a uma consulta oftalmológica por parte da esposa, no Porto. Estando relativamente perto, tinha de rumar a Guimarães, revisitar uma cidade que já conhecia, mas não tão bem que não se justificasse esta visita um pouco mais prolongada, em tempo de eventos inseridos na sua condição de Capital Europeia da Cultura.
E valeu bem a pena, apesar das condições climatéricas não serem as melhores.
Mas não é também por acaso que Guimarães foi elevada a Património Cultural da Humanidade, por parte da UNESCO, em 2001. Guimarães é de facto uma verdadeira pérola arquitectónica.
E logo que entramos na cidade não pode passar despercebida a inscrição numa das muralhas "Aqui nasceu Portugal". Estamos, pois, no berço da nação.
Contudo e curiosamente, tinha uma certa pressa em localizar o estranho (para mim) alpendre gótico que é apresentado como referência de uma das praças de Guimarães. E lá me cheguei a ele, ficando a saber que é o Padrão do Salado, comemorativo da vitória na batalha do mesmo nome, em 1340, erguido durante o reinado de D. Afonso IV, e enriquecido pelo cruzeiro que Pero Esteves, um negociante vimarenense a residir em Lisboa, decidiu ofertar.
Está situado em frente da Igreja da Senhora da Oliveira, no bem preservado largo com o mesmo nome, um dos espaços do centro histórico que dá gosto visitar.
Mas as características medievais de outras praças, como a de Santiago, com as suas esplanadas, são um convite permanente para ficarmos por ali em alegre cavaqueira com as simpáticas pessoas que nos servem bebidas e petiscos nessas esplanadas.
E se o centro histórico de Guimarães é todo ele um encantamento, muitos outros monumentos nos fazem deambular de um lado para o outro na busca de os conhecermos.
Desde o castelo, passando pelo Paço dos Duques de Bragança, contemplando o Convento de Santa Clara, de fachada barroca, onde se encontra actualmente a Câmara Municipal, descer a Rua de Santa Maria, um dos testemunhos mais antigos e privilegiados da história vimarenense, já que foi uma das primeiras ruas da povoção, então ainda primitiva, cruzar as ruelas primorosamente tratadas e conservadas na sua traça original, passar e admirar a Igreja da Misericórdia, para chegar ao que é tido como o coração da cidade - o Largo do Toural.
Mas muitas outras preciosidades há para apreciar, tal como a Igreja de Nª.Sra. da Consolação e Santos Passos, a Igreja de S. Francisco, com um altar majestoso, o Museu Arqueológico Martins Sarmento, o Museu de Alberto Sampaio que ocupa o emblemático espaço onde se ergueu o mosteiro da Condessa Mumadona, ou fazer uma caminhada até ao palácio Vila Flor, onde também se encontra o Centro Cultural com o mesmo nome, rodeado por um belíssimo jardim.
Mas descendo a bem conservada Rua D. João I, não podemos deixar de andar de cabeça no ar, olhando os edifícios circundantes que mantiveram as suas características originais, acabando por chegar ao final da mesma, a observar novo padrão, este dedicado precisamente a D.João I.
Nem tudo o que Guimarães nos proporcionou ver, aqui se encontra referido, porque também muito mais há para ver e só uma nova visita permitirá conhecer melhor esta cidade maravilhosa.
Não posso deixar de dizer, a terminar, que foram dois dias fantásticos, estes, passados em Guimarães, Capital Europeia da Cultura.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

DIA DA MÃE

Porque é este chamado de dia da Mãe ?
Se em todos os dias da vida de cada um de nós a Mãe é sempre a mesma, será para lembrar os mais distraídos que ainda não mudaram de Mãe ?
Mas, sim, a Mãe não merece apenas um dia... merece todos os dias das nossas vidas.
E hoje "estarei" com a minha, dedicando-lhe esta poesia:

MÃE
a protecção
que se sente
sem dela ter a noção
desde que nos tornamos gente.
Mas se sempre estiver presente
será na vida orientação
cuja falta só se sente
porque no ombro a sua mão
já não poisa, está ausente.
Mas aqui, no coração
num amor que é constante
beijos sempre chegarão
porque aqui estás presente
e serás para todo o sempre
MÃE

... para ti Mãe.
06.05.2012