terça-feira, 25 de junho de 2013

O Alhambra, finalmente !

A deslocação que a viagem impunha, não era o que mais convinha às minhas "cruzes", uma vez que tenho andado mesmo atrapalhado com dores na coluna, mas lá fui de autocarro para aquela viagem que há muito tinha projectado, possibilitando-me a visita ao Alhambra, em Granada, mas não só. No final estavam percorridos 2.099 Km e a coluna sempre se aguentou nestes quatro dias (20 a 23/Junho/2013).
O grupo era sensivelmente o mesmo que há um ano se deslocou a Barcelona e arredores,  o que permitia antever que a viagem iria valer a pena, em termos de ambiente e boa disposição. Como aconteceu.
O Alhambra, como uma das pérolas que a UNESCO declarou património mundial, tinha para mim a razão maior desta viagem, embora Granada não seja apenas o Alhambra.
Do programa constavam visitas a: Serra Nevada; Jaén (Palácio de Villardompardo, Catedral, Castelo de Santa Catarina, Muralhas, Judiaria); Guadix (Alcazaba, Catedral, Plaza de las Palomas, "Cuevas"); Granada (Catedral, Generalife, Bairro Albaicín, Abadia Sacromonte, Miradouro San Nicolás, Igreja San Jerónimo, Alhambra); Almuñecar (com sua costa tropical, Aqueduto romano e castelo islâmico); Salobreña (castelo árabe e Igreja paroquial de Nª. Srª. do Rosário, construída sobre uma antiga mesquita mulçumana).
Do que foi possível ver com a devida atenção e tempo, apreciei muito o Castelo de Santa Catarina, a Catedral de Jaén, a catedral de Granada, Guadix e as casas trogloditas "cuevas", e, claro está, o Alhambra, um complexo palaciano fantástico e fortaleza (alcazar), para o qual todo o tempo disponível nunca é demais. Neste complexo se alojou o monarca da Dinastia Nasrida e a corte do Reino de Granada. A sua decoração, sendo um expoente da arte islâmica, é também enriquecido pelas estruturas cristãs que incorpora.
O passseio nocturno pelo Bairro Albaicín com passagem pelo Miradouro San Nicolás, que antecedeu o (clicar) espectáculo de Flamenco, foi muito interessante, mas o que realmente nos fez vibrar foi a raça que os intérpretes do espectáculo puseram na sua execução, quase nos fazendo "transportar" para cima do palco. Foi um momento de grande intensidade e expressão da alma da Andaluzia, que muito apreciei.
Do programa, foi também interessante visitar a Serra Nevada, embora com as estruturas da estância de eski praticamente desactivadas.
Toda a programação que nos foi proporcionada tinha muitos aliciantes, e por isso a exigir que no  terreno estivesse pessoal mais habilitado na informação turística e orientação a transmitir ao grupo, que não apenas dotado de todo o voluntarismo e simpatia, que, sendo muita, não evitou  uma certa frustração final nas pessoas. Neste particular, a  agência não soube cuidar de si mesma, porque a grande prejudicada acaba por ser ela própria. E, hoje, com a informação disponível na internet e, tomando como exemplo o Alhambra, tal informação vai dos preços (para  crianças, adultos, séniores e grupos), à programação das visitas ao minuto, o que evitaria a necessidade de acautelar a situação no momento. Até os itinerários poderiam ser estabelecidos antecipadamente e com rigor, pois ali é informado que o tempo ao Alcazaba são 20 m.; aos Palácios Nazarie 17 m.; ao Generalife 15 m., etc.
Em termos da animação do grupo e cumprimento de horários, foi excelente. Todos estiveram à altura dos acontecimentos.
No mais, quase se pode dizer desta excursão o que foi dito da excursão de 2012, também com a mesma organizadora:- a relação preço/qualidade foi aceitável, se bem que algo abaixo em termos de hotel, que era um pouco inferior. A categoria, embora sendo de 3 estrelas, era "3 estrelas-carretera", o que queria dizer alguma coisa...
Mas merecem uma palavra final de apreço, tanto a "tia Odete", como a organizadora era chamada pela Beta, os motoristas Olibinha(Olívia) e Beloso(Veloso) e também a Beta, cuja boa disposição superou tudo o mais.